tirando as teias com uma nostalgia,

Pude reconhecê-lo de longe. Tentei ficar o observando de tal forma que ele não me reconhecesse e nem percebesse que havia alguém que o olhava. Comecei e prestar atenção naqueles traços que ainda continuavam os mesmos. Aqueles olhos que virei noites olhando, sem dizer nada, apenas olhando. Aqueles olhos que me faziam sentir segura. Azuis um pouco esverdeados que eu sonhava sempre em ter ao meu lado e me ajudar a enxergar a vida. E era tão gostosa aquela nostalgia que fez com que caissem lágrimas dos meus olhos. Logo que percebi, as enxuguei, não seria legal que me vissem chorando.
Ele percebeu, quando me viu logo veio falar comigo.
- Ei, porque não foi falar comigo?
- Nossa, nem percebi que era você! Me desculpa - menti e percebi que havia valido a pena todo aquele tempo de teatro. Eu estava cada vez melhor em esconder meus sentimentos e distorcer as situações.
Eu estava sentada no Starbucks e ele logo sentou ao meu lado. Eu tomando meu café e ele apenas me fazendo companhia me senti segura. Com aqueles olhos azuis um pouco esverdeados ao meu lado pude me sentir em casa. - Casa é onde seu coração está- Meu coração estava ainda com ele e eu simplesmente não tinha o que fazer.
Enquanto ele falava mil coisas vinham a minha cabeça ao mesmo tempo e eu tentava preencher a falta que ele me fazia, tentava não prestar muito atenção no que ele falava, para que aquele buraco que havia sido preenchido em meu coração não fosse descoberto naquela hora, depois de tanto tempo.
Minha vida ficava estável, até minha mente me levar até as lembranças mais lindas que eu tinha.
Seu celular tocou, era sua nova namorada. Depois que ele desligou o telefone deu um sorriso meio torto e me olhou nos olhos e disse meio sem jeito:
- Preciso ir, foi ótimo te ver!
Dei tchau e ele se foi.
Ele estava mesmo feliz com ela e não havia absolutamente nada que eu pudesse fazer, porque afinal eu queria vê-lo bem, independentemente com quem fosse.
Por Anie.